No âmbito das comemorações do 50.º aniversário do 25 de abril, realizou-se a atividade “A Arte antes do 25 de abril”, na Biblioteca do Centro Escolar das Árvores, com as turmas do 4.º ano.
A organização da atividade esteve a cargo da professora bibliotecária do Centro Escolar, Maria Pipa, e da professora Isaura Sousa, convidada para o efeito. Ainda na sequência de lembrar o “Dia da Liberdade”, esta dinâmica teve como propósito dar a conhecer a Arte antes do 25 de abril, onde sobressaíram, nessa época, vários artistas e é evidente como esse período histórico influenciou, profundamente, a produção artística em Portugal.
Antes da Revolução dos Cravos, a arte muitas vezes refletia o clima de repressão política e censura cultural que caracterizava o regime ditatorial do Estado Novo. As obras de arte eram, frequentemente, submetidas a uma rigorosa aprovação do governo e muitos artistas sentiam-se limitados na sua liberdade de expressão. Mas, os artistas sempre resistiram ao entrave da sua imaginação e criação. No entanto, mesmo sob essas restrições, alguns artistas encontraram maneiras de transmitir mensagens subversivas ou de resistência por meio das suas obras. A arte clandestina e as manifestações culturais não oficiais, muitas vezes, serviam como uma forma de protesto silencioso contra o regime autoritário. Porque o cravo vermelho foi uma circunstância do símbolo da revolução, o mesmo cravo vermelho poderia ter sido de outras cores, ou até de outra flor diferente, isto se a D. Celeste Caeiro trouxesse com ela outro cravo de outra cor, que não fosse o vermelho. Para finalizar a atividade de expressão plástica, os alunos desenharam uma mão e elaboraram um cravo com a cor que escolheram. O resultado foi uma atividade colorida e ativa, com a mão da liberdade multicolor: “O abril colorido”.