Cinema e inclusão com a biblioteca escolar: alunos refletem sobre a realidade dos refugiados, na EB 2.3 Diogo Cão

A equipa da biblioteca escolar da EB 2.3 Diogo Cão, em articulação com o mediador cultural e linguístico, Gonçalo Morgado, promoveu entre os dias 23 de abril e 6 de maio, a atividade “Cinema e Inclusão, com a biblioteca escolar”. A iniciativa envolveu os alunos das quatro turmas do 7.º ano e da turma 8.ºC, que tiveram a oportunidade de assistir a filmes de animação baseados em experiências reais de famílias refugiadas oriundas da Síria e do Afeganistão.
A atividade contou com a colaboração dos professores de Cidadania e Desenvolvimento, em cujas aulas foram dinamizadas reflexões e debates em torno das histórias de vida retratadas.
A ideia para esta atividade surgiu da crescente presença, nas escolas, de alunos oriundos de diversas partes do mundo, muitas vezes em situações de grande vulnerabilidade. São crianças e jovens acompanhados pelas suas famílias, que procuram acolhimento, compreensão e apoio por parte de toda a comunidade educativa.
Deste modo, pretendeu-se apelar à importância da multiculturalidade, da tolerância e do apoio aos migrantes, valores fundamentais para a construção de uma sociedade inclusiva e harmoniosa A diversidade cultural não é um obstáculo, mas sim um enriquecimento para o ambiente escolar, promovendo a partilha de experiências e saberes. A tolerância é fundamental para combater preconceitos e discriminações, criando um espaço onde todos se sintam respeitados e valorizados. Apoiando os migrantes facilitamos a sua integração e ao acolher e apoiar estas crianças e jovens, estamos a investir num futuro mais justo e equitativo para todos.
E se fosse eu, e se fosse a minha família? O que levaríamos na nossa mala de fuga? Como gostaríamos de ser recebidos? Foram várias as reflexões que professores e alunos fizeram, calçando os sapatos do outro, sendo empáticos para com o sofrimento alheio, compreendendo que ninguém está a salvo de passar pela mesma situação: compreender o sofrimento dos outros é o primeiro passo para uma verdadeira inclusão.
Inspirados pelas palavras de Paul Klee, “A arte não reproduz o que vemos. Ela faz-nos ver” e em parceria com o Plano Nacional das Artes e o Plano Nacional de Cinema, os organizadores acreditam que através da sétima arte, os alunos passaram a olhar com maior sensibilidade a realidade dos migrantes, no nosso país e no mundo.

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